Clube Atlético Paranaense (conhecido também como Atlético-PR
e cujo acrônimo é CAP) é um clube de futebol brasileiro, da cidade de Curitiba.
Foi fundado em 26 de março de 1924, a partir da fusão do Internacional Futebol
Clube e do América Futebol Clube. Suas cores tradicionais são o preto e o
vermelho, que lhe rendem a alcunha de rubro-negro. Manda seus jogos no Estádio
Joaquim Américo Guimarães (mais conhecido como Arena da Baixada), reinaugurado
em 1999 após reformas visando sua modernização.
Foi o primeiro clube do futebol paranaense a participar de
uma competição nacional, a Taça Brasil de 1959, e a ter sido finalista da
Libertadores, feito ocorrido na edição de 2005. Dentre seus principais títulos,
possui 1 campeonato brasileiro (em 2001) e outros 22 Campeonatos Paranaenses.
Ainda possui o vice-campeonato brasileiro de 2004 e um vice da Copa do Brasil
de 2013.
Seu grande adversário local é o Coritiba, como quem faz um
dos clássicos de maior rivalidade do futebol brasileiro, o ATLEtiba Também
possui rivalidade com o Paraná Clube, cujo duelo se chama Paratico.
De acordo com a empresa BDO RCS Auditores Independentes, a
marca do clube é a décima quarta de maior valor no Brasil, ultrapassando os 89
milhões de reais
História
Origens
Em 1912, Joaquim Américo Guimarães reuniu um grupo de amigos
e fundou o International Foot-Ball Club, que tinhas as cores preta e branca no
seu uniforme e disputava torneios na baixada da Água Verde. Em 1917, surgiu o
América Futebol Clube, que utilizava as cores vermelha e branca. Equipes
independente até 1924, os dois clubes se fundiram em 21 de março daquele ano,
dando origem ao Clube Atlético Paranaense.
O primeiro jogo
A primeira partida de futebol (amistosa) que a nova
agremiação realizou foi no dia 6 de abril de 1924, contra o Universal FC. e
obteve vitória por 4x2. O Atlético jogou com Tapyr, Marrecão e Ferrário;
Franico, Lourival e Malello; Smythe, Ari, Marreco, Maneco e Motta.
Os gols foram marcados por Marreco, Ari (2) e Malello. O
árbitro foi José Falcine, atleta do Savoia, que mais tarde jogou no
rubro-negro.
Década de 1920
Com a união de forças, o Clube Atlético Paranaense ficou uma
equipe reforçada e pôde fazer frente aos mais temíveis esquadrões existentes
como o Britânia, o Savoia, o Palestra Itália e o Coritiba. Realizando uma
campanha brilhante, o Atlético conquistava seu primeiro título de campeão
paranaense, em 1925.
Após ser vice-campeão por 3 anos seguidos (1926, 1927 e
1928), o Atlético Paranaense voltou a vestir a faixa de campeão em 1929.
Década de 1930
O Atlético era a melhor equipe do futebol paranaense no
início dos anos de 1930. Mantendo os mesmos jogadores que haviam se sagrado
campeões em 1929, os reforços de Chumbinho e Érico, o Atlético tornou-se uma
equipe que se impôs aos adversários. Em 1930, ganhou o título de bicampeão
paranaense (primeira vez na história do clube) com duas vitórias sobre o
Coritiba por 3x2 durante o campeonato. A partida que consagrou o bicampeonato
foi na segunda vitória sobre o Coritiba, em 28 de dezembro de 1930, em uma verdadeira
guerra campal com o resultado de 3x2 para o rubro negro (gols de Zinder Lins,
Marreco e Levoratto). A última partida do certame de 1930 o Atlético não
compareceu, para comemorar com a sua torcida. Este jogo era para ser com o
Palestra Itália. Outro feito notável nesse ano, aconteceu no dia 21 de julho,
quando em partida amistosa venceu o poderoso Corinthians por 1x0, gol de
Marreco, uma grande conquista para o Atlético.
Em 1934, o Atlético Paranaense já era proprietário, em
definitivo, do terreno da Baixada da Água Verde, e o estádio passou a ser
denominado de Joaquim Américo Guimarães, sugestão de Alcídio Abreu, para
homenagear o grande desportista que havia morrido em 1917.
Nesse ano, após tropeçar em 1931, 1932 e 1933, o rubro-negro
voltou a ter uma equipe competitiva e fez bonito. Sagrou-se campeão paranaense
de 1934. Na equipe campeã desse ano figurava como goleiro, o jovem Alfredo
Gottardi, o "Caju", que viria a ser o maior ídolo de todos os tempos
da torcida atleticana.
Em 1936, com apenas 12 anos de existência, o Atlético
Paranaense conquistava seu quinto título paranaense, e dessa vez, de forma
invicta.
Década de 1940 -
Surgia o Furacão
O campeonato de 1940 foi muito disputado. Atlético e
Ferroviário lideraram o certame. O tricolor ferroviário conquistou o 1º turno,
enquanto o Atlético Paranaense laureou-se no segundo. Era preciso uma decisão
em "melhor de três pontos" para se conhecer o campeão. Em virtude de
uma confusão acontecida no último jogo do returno, estava empatado o clássico em
2x2, quando o Ferroviário fez um gol, prontamente anulado pelo árbitro em razão
de um impedimento. O antigo Britânia não se conformou e abandonou o campo aos
35 minutos do 2º tempo. O Tribunal de Justiça da Federação Paranaense de
Futebol, julgando o caso, deu vitória ao Atlético - 3-2, pois o Ferroviário se
negara a continuar jogando. Este motivo anulou a "melhor de três". O
clube ficou 180 dias suspenso e o Atlético Paranaense foi considerado campeão
paranaense de 1940.
Em 1943, o Atlético Paranaense trouxe para o elenco o
técnico e dois jogadores da Seleção Paraguaia de Futebol. Com a equipe
reforçada e com mais qualidade, o rubro-negro voltou a mandar no campeonato.
Dois turnos bem disputados. Coritiba campeão do primeiro turno e Atlético do
segundo. Novamente, uma "melhor de três pontos" teria que acontecer,
o Atlético Paranaense venceu os dois Atle-Tibas por 3x2 e a torcida festejou o
título de campeão.
A rivalidade entre o Atlético Paranaense e Coritiba andava
em alta. Por duas vezes nos anos 1940 haviam decidido o título. Uma vitória
para cada lado.
Em 1945, o campeonato seria decidido no maior clássico do
futebol paranaense. O Atlético Paranaense foi campeão do 1º turno de forma
invicta. O Coritiba foi o campeão do 2º turno. Seria realizada uma "melhor
de três" para decidir o título. Foram partidas para entrarem na história
do futebol paranaense. O Coritiba venceu a primeira por 2-1, no Belfort Duarte,
atual Couto Pereira. A segunda foi vencida pelo Atlético Paranaense, na
Baixada, por 5-4. A terceira partida foi marcada para o Estádio Belfort Duarte.
Foi um jogo muito disputado. Terminou empatado no tempo normal, 1-1. O jogo foi
para a prorrogação. Aos sete minutos o atacante Xavier, do Atlético Paranaense,
fez o gol da vitória. Coritiba 1-2 Atlético Paranaense. A torcida fez uma das
maiores festas, com carreatas, fogos de artifício e cânticos até o raiar do
sol.
Em 1949, o Atlético Paranaense foi um "Furacão"
que passou pelos campos do Paraná. Com a manchete de primeira página no extinto
jornal Desportos Ilustrados do dia 20 de maio de 1949 anunciando a goleada do
Atlético em cima do Britânia (no domingo, dia 19 de maio) em letras garrafais:
O “Furacão” Levou o “Tigre” de Roldão, nasceu o apelido do rubro-negro
paranaense. Não só o time de "49", como os demais times formados pelo
clube, receberam o carinhoso apelido de Furacão e assim sendo, o termo furacão
foi inserido no hino atleticano, não só para idolatrar o esquadrão de 1949, que
arrasou todos os adversários com placares acima de quatro gols, mas também para
representar a força que o clube tem junto a sua torcida e o receio e o respeito
que seus adversários devem ter nos confrontos dentro das quatro linhas .
O Desportos Ilustrados, naquela edição de segunda-feira, 20
de maio de 1949 e sua manchete, não imaginava o momento histórico que estampava
em sua primeira página. A partir daquele dia as manchetes de todos os jornais
paranaenses só falavam do "Furacão" rubro-negro que liquidava as
equipes adversárias sempre com goleadas. Em 1949 foram onze goleadas seguidas
(recorde quebrado apenas 59 anos depois), tornando-se campeão paranaense
daquele ano.
Era dos jejuns
(1950-1981)
Depois de conquistar facilmente o campeonato paranaense de
1949, o Atlético-PR despencou terrivelmente, no início do ano 1950, que acabou
apenas em 1982, período em que o torcedor atleticano quer esquecer. No total, O
Atlético só conquistou 2 títulos nesse período: Paranaense de 1958 e de 1970.
Mas o pior estava por vir, em 1967 a situação financeira do
clube despencou, e com uma campanha de somente três vitórias, onze empates e
quatorze derrotas, o Atlético-PR foi rebaixado para a segunda divisão do
paranaense de 1967. Quando surge Jofre Cabral e Silva que conseguiu tirar o
time da segunda divisão e deu ânimo para os jogadores rubro-negros, trazendo os
campeões mundiais de 1962 Djalma Santos e Bellini. Desta maneira os Rubro
negros voltaram com tudo no paranaense de 1968. Mas ele acabou morrendo devido
a um infarto, durante uma partida do clube, declarando momentos antes "Não
deixem - nunca - morrer o meu Atlético!". Com o moral baixo, o Atlético-PR
não conseguiu vencer o paranaense daquele ano.
Em 1970 o Atlético-PR conquistou o título de campeonato
paranaense, goleando o Seleto por 4x1 jogando fora de casa. Depois, o
Atlético-PR voltou a "pifar" novamente, sem conquistar um título até
1982, com os jogadores Washington e Assis, até hoje ídolos da torcida
atleticana. Assim, o rubro-negro paranaense nunca mais passou por outro desses
jejuns.
Era da revolução
(1995-2008)
Em 1995, depois de perder de 5x1 para seu rival, Coritiba,
assumiu uma nova diretoria, onde lançaram o "Atlético Total" um novo
projeto estratégico do clube e que começou bem, com a volta do Atlético à Série
A do Brasileirão de 96, sendo campeão Brasileiro da Série B de 95 em cima do
seu maior rival, o Coritiba.
Em 1997, o antigo estádio Joaquim Américo foi derrubado para
a construção do novo estádio.
Em 24 de junho de 1999, o clube inaugurou o estádio mais
moderno da América Latina, na época, com um jogo amistoso entre Atlético e
Cerro Porteño, do Paraguai. A partida terminou 2 a 1 para a equipe rubro-negra.
Dois dias depois, ainda em virtude da inauguração do
estádio, a Seleção Brasileira de Futebol disputou um amistoso contra a Seleção
da Letônia, proveniente do Leste Europeu. O jogo terminou 3 a 0 para o Brasil.
Em 2004 foi firmada uma parceria com a empresa fabricante de
aparelhos celulares japonesa Kyocera, renomeando o estádio para Kyocera Arena.
Em 2005, após 10 anos de contenda judicial, o Atlético-PR firmou acordo
assumindo definitivamente o direito de uso do terreno vizinho.
Em 2001, o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato
Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4x2 e 1x0) e em 2004
foi vice, com o artilheiro Washington marcando um recorde histórico de trinta e
quatro gols numa única edição do Campeonato Brasileiro. Em 2001, o grande nome
dos jogos foi o artilheiro Alex Mineiro.
Recentemente, um episódio inusitado entrou para a história
do futebol nacional. Classificado à final da Libertadores de 2005, o clube não
pôde fazer o 1º jogo da decisão em seu estádio, que mesmo sendo considerado na
época como o mais moderno da América Latina, não possuía a capacidade mínima de
40 mil lugares exigida pelo regulamento, problema este que será suprido após a
finalização da Arena da Baixada. Mesmo assim, a diretoria do Clube Atlético
Paranaense investiu em regime de urgência um milhão de reais na construção de
arquibancadas móveis para dar capacidade ao estádio para mais de 42 mil
pessoas. Estas mesmas arquibancadas já haviam sido utilizadas no mesmo
campeonato na fase anterior, em jogos realizados na América do Sul, sob o aval
da CONMEBOL. Mesmo com a autorização oficial de uso das arquibancadas após
vistoria do Corpo de Bombeiros e o órgão oficial de engenharia responsável pela
vistoria entregues à CONMEBOL em tempo pelo Clube, a CONMEBOL transferiu o jogo
à revelia para uma cidade distante de Curitiba, ao invés de indicar estádios no
interior do Paraná, como Londrina ou Cascavel, que tinham estádios com esta
capacidade como, por exemplo, o Estádio Olímpico de Cascavel. Assim, o
Atlético-PR precisou mandar a partida no Estádio Beira-Rio, pertencente ao Internacional,
onde empatou por 1x1. Na segunda partida, no Estádio do Morumbi, o Atlético-PR
lutou mas sucumbiu no minutos finais e acabou levando quatro gols no final do
jogo pelo time do São Paulo, diante de mais de 70 mil torcedores, perdendo o
título da Copa Libertadores da América.
O Atlético-PR participou de três Taças Libertadores da
América, em 2000, 2002 e 2005, quando foi vice-campeão.
Na Copa Sul-Americana de 2006, o Atlético também fez uma boa
campanha, passando por Paraná, River Plate e Nacional do Uruguai, chegando à
semifinal do torneio, onde foi eliminado pelo Pachuca.
Em 2008, o Atlético-PR quebrou o recorde de vitórias
seguidas do "Furacão de 49", ganhou 12 partidas seguidas.
2009-2013
Em 2009, o Atlético-PR conquistou o Campeonato Paranaense.
Em 2010 o Furacão, no Campeonato Brasileiro, finalizou na 5º
posição.
Em 2011 o Clube terminou na 17° posição no Campeonato
Brasileiro e, depois de 15 anos de permanência na série A, acabou rebaixado
para a Série B do Brasileirão.
Em 2012 o Atlético garantiu acesso de volta à Série A do
Brasileirão com o 3° colocação do Campeonato Brasileiro da séria B.
Em 2013 o clube foi vice-campeão da Copa do Brasil e 3°
colocado no Campeonato Brasileiro.
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